Entidades do setor produtivo do Rio Grande do Norte rebateram publicação do titular da Fazenda do Estado (Sefaz), Carlos Eduardo Xavier, nas redes sociais, na qual afirma que o Estado registrou “queda de arrecadação sem nenhuma queda de preços”. As federações da Indústria (Fiern) e Agricultura e Pesca (Faern) destacaram o bloqueio da BR-304 e a “falta de atratividade para investimentos”, como fatores determinantes para a queda no recolhimento de impostos. Dados da Sefaz mostram que a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) caiu 2,67% em maio, no comparativo com o ano passado.
O presidente da Fiern, Roberto Serquiz, pontuou que a “economia é muito
dependente de uma boa infraestrutura” e, portanto, foi afetada pela situação das
estradas, sobretudo da BR-304. “Certamente ocorreu um impacto negativo. Não
podemos dimensionar os números com exatidão, mas relatos de empreendedores nos
autorizam a constatar um impacto negativo”, completa. Serquiz, a exemplo de
Xavier, fez um comparativo com a Paraíba para contestar a publicação do
secretário.
“Se a sugestão é o exercício de comparação entre o RN e a
PB, lembremo-nos que o RN é o penúltimo em competitividade do NE e a Paraíba é
a segunda mais competitiva, de acordo com o Ranking de Competitividade dos
Estados do Centro de Liderança Pública (CLP). Além disso, a despesa corrente na
Paraíba, bem como a despesa específica com pessoal, são muito menores do que as
daqui, de acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional. Lá os investimentos são
superiores aos nossos. A infraestrutura também está em melhor situação”,
comenta.
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