Olho D'água do Borges/RN -

Ciro Gomes se saiu muito bem na sabatina do Jornal Nacional.

 

Ciro Gomes se saiu muito bem na sabatina do Jornal Nacional, onde foi tratado por William Bonner e Renata Vasconcellos com a simpatia de um programa matinal de auditório. O pedetista é um craque na retórica e teve a oportunidade de ostentá-la em horário nobre, envelopando uma série de propostas populistas — a maioria já conhecida do grande público.

Naturalmente, Ciro tentou se diferenciar dos candidatos que polarizam a disputa, atacando ambos. Procurou justificar a promessa de um benefício social de R$ 1 mil, que seria financiado com a taxação de grandes fortunas. 

Falou em “negociar em cima da mesa, sem o toma lá dá cá”, para garantir governabilidade — a gente acredita –, sinalizou com o fim da reeleição e tirou do chapéu uma “lei antiganância”, pela qual o devedor do cartão de crédito e do cheque especial pagaria, no máximo, duas vezes o valor de sua dívida. Uma nova versão do “vou retirar seu nome do SPC”.

O questionamento “mais duro” foi sobre seu temperamento explosivo. Se isso poderia impedi-lo de liderar uma nação. Ciro fez um mea-culpa, apelando para o regionalismo, como se o nordestino falasse uma língua diferente. “Venho de uma tradição do Nordeste, a nossa cultura política é palavrosa, às vezes no Sul e no Sudeste as pessoas não entendem bem.”

Uma grande bobagem, considerando que os nascidos no Nordeste compõem a grande massa de migrantes internos do país, perfazendo, por exemplo, 10% da população de São Paulo, maior colégio eleitoral do país. Fora que o líder nas pesquisas é também nordestino e não parece sofrer as mesmas consequências da ‘verborragia nordestina’.

O ex-ministro pode ter convencido alguém e recuperado uns 2 pontos percentuais, dentro da margem de erro.

O Antagonista 

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