Os policiais civis do Rio Grande do Norte se reuniram em
Assembleia Geral, no final da manhã desta sexta-feira, 4, e recusaram a
proposta apresentada pelo Governo na noite dessa quinta-feira, 3. A categoria
entendeu que a minuta apresentada pelo Executivo, “além de ser
inconstitucional, pretende acabar com a carreira dos agentes, escrivães e
delegados, criando uma divisão entre os que já estão e os que venham a entrar
na Polícia Civil”.
“Na última sexta-feira, nós iniciamos a construção de uma
proposta durante a negociação com o Governo e, posteriormente, finalizamos com
o jurídico das entidades de classe. Essa proposta foi protocolada na segunda
passada e, para nossa surpresa, o Governo mais um vez colocou na mesa uma nova
minuta com alterações que implicam diretamente em prejuízos na estrutura de
carreira da Polícia Civil”, destaca Edilza Faustino, presidente do Sindicato
dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL-RN).
Na proposta apresentada pelo Governo, os atuais policiais
civis teriam mantidos os percentuais referentes ao ADTS, com a progressão
funcional. No entanto, segundo o SINPOL-RN, quem entrar na Polícia Civil a
partir de agora não teria direito a essa mesma carreira. “Ou seja, policiais
civis exercendo as mesmas funções teriam vencimentos e progressão de carreiras
diferentes, o que é inconstitucional”, afirma o sindicato.
A presidente do SINPOL-RN explica que os policiais civis
esperavam um tratamento de respeito por parte da governadora Fátima Bezerra.
“Desde o começo da negociação, nós estamos flexibilizando, abrindo mão de
várias coisas, mas buscando a manutenção de direitos e garantias de uma
carreira digna. O Executivo, por sua vez, quer acabar com a atual estrutura de
carreira e retirar direitos dos policiais civis”.
Diante dessa nova proposta, “os policiais civis decidiram que vão continuar lutando por dignidade, respeito e por uma Polícia Civil forte”.
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