O Brasil poderá passar a ser formado por mais dois estados em pouco 
mais de dois meses. No próximo dia 11 de dezembro, os eleitores 
paraenses irão às urnas para decidir se concordam em dividir o estado em
 três. Caso a maioria do eleitorado vote pela divisão, o Pará, hoje com 
área de 1.247.689 quilômetros quadrados, ficará com 17% desse 
território, Carajás, ao sul do estado, com 35%, e Tapajós, localizado a 
oeste, com 58%.
 Aprovados este ano pelo Congresso Nacional, os decretos legislativos 
que convocam o plebiscito estabelecem que o futuro estado do Carajás 
poderá ser composto por 39 municípios,
 tendo Marabá como capital, e população estimada em 1,6 milhão de 
habitantes. Já o estado de Tapajós, poderá ter 27 cidades, tendo 
Santarém como capital, e população em cerca de 1,2 milhão de habitantes.
O Pará, que pode ficar com 17% do seu atual território, seria composto 
por 78 municípios, e com população de 4,6 milhões de habitantes, sendo 
que a cidade de Belém continuaria sendo a capital. Segundo cálculos 
feitos pelas frentes pró-divisão, o Novo Pará ficaria com 
aproximadamente 56% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, Carajás 
com 33% das riquezas e Tapajós com 11% do que é atualmente produzido no 
estado.
De acordo com as regras definidas pelo Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE), os 4.839.384 eleitores paraenses responderão a duas perguntas no 
dia do plebiscito. Em uma cédula na cor amarela, o eleitor terá que 
marcar se é a favor ou contra a divisão do estado para criação de 
Tapajós. Em outra cédula, de cor branca, terá as mesmas opções para a 
pergunta se é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do 
estado do Carajás.
Desde o dia 13 de setembro as frentes pró e contra a divisão do estado 
estão autorizadas a fazer campanha com distribuição de panfletos, 
santinhos e realização de comícios. A propaganda no rádio e na televisão
 começa a ir ao ar a partir do próximo dia 11 de novembro. O TSE limitou
 em R$ 10 milhões os gastos de que cada uma das quatro frentes que farão
 campanha pró e contra a divisão territorial do estado do Pará.
Fonte: Agencia Brasil

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