O esquema dos sanguessugas desviou verbas orçamentárias. Apesar de  envolvidos no caso, Nilton Capixaba e João Magalhães foram indicados por  seus partidos para a Comissão de Orçamento
Seis parlamentares denunciados pela CPI dos Sanguessugas, que apurou  desvio de verbas orçamentárias de prefeituras, integram agora a Comissão  Mista de Orçamento. Entre eles, estão Nilton Capixaba, acusado de ser  um dos líderes do esquema, e João Magalhães, envolvido em outra denúncia  de venda de emenda.
O Brasil é mesmo um país generoso. Há menos de cinco anos a Câmara  deixou de analisar o parecer pela cassação do deputado Nilton Capixaba  (PTB-RO), acusado de ser um dos líderes do “braço político” do esquema  de desvio de dinheiro público para a compra superfaturada de  ambulâncias, o chamado esquema dos sanguessugas. 
Capixaba escapou da  cassação, mas não conseguiu se reeleger em 2006. Este ano, ele voltou à  Câmara, conduzido pelos mais de 52 mil votos recebidos em outubro. Três  meses após assumir o mandato, o deputado faz parte agora da poderosa  Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável pela aprovação da lei  orçamentária e pelo acompanhamento da aplicação dos recursos federais.
Foi justamente a apresentação de emendas ao orçamento, cuja análise prévia cabe à comissão, a principal ponta no Congresso do esquema que resultou no pedido de cassação de 72 parlamentares em 2006. Além de Capixaba, outros cinco parlamentares denunciados à época pela CPI integram a atual Comissão Mista de Orçamento. Juntos, eles foram acusados de ter recebido, em valores não corrigidos, mais de R$ 900 mil da Planam, empresa que coordenava a máfia das ambulâncias, em troca da apresentação de emendas que favoreceram a família Vedoin.
 Foi justamente a apresentação de emendas ao orçamento, cuja análise prévia cabe à comissão, a principal ponta no Congresso do esquema que resultou no pedido de cassação de 72 parlamentares em 2006. Além de Capixaba, outros cinco parlamentares denunciados à época pela CPI integram a atual Comissão Mista de Orçamento. Juntos, eles foram acusados de ter recebido, em valores não corrigidos, mais de R$ 900 mil da Planam, empresa que coordenava a máfia das ambulâncias, em troca da apresentação de emendas que favoreceram a família Vedoin.
Pelo menos quatro desses integrantes da Comissão de Orçamento  acusados pela CPI ainda devem explicações à Justiça sobre o caso. Além  de Capixaba, também são réus na Justiça Federal de Mato Grosso, que  concentra a maioria das investigações, os deputados Jorge Pinheiro  (PRB-GO) e Benjamin Maranhão (PMDB-PB). As acusações contra eles são de  corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha ou bando e crime  contra a Lei de Licitações. Esses processos devem subir em breve para o  Supremo Tribunal Federal (STF), onde tramitam as investigações contra  parlamentares e outras autoridades federais.
Fonte: Congresso em Foco

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