O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu, na tarde desta segunda-feira (28), demitir o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna.  O favorito para assumir o cargo é o economista Adriano Pires. 

O processo de fritura já vinha acontecendo há algumas semanas, quando, após outro aumento do combustível e do gás de cozinha, Bolsonaro tentou se descolar da crise dizendo que “a Petrobras não colabora com nada”. As informações são do jornal O Globo.

Atrás do ex-presidente Lula em todas as pesquisas de intenção de voto, Bolsonaro vê nos seguidos aumentos da Petrobras um obstáculo para a sua tentativa de reeleição.

Uma das críticas de Bolsonaro à gestão de Silva e Luna, que ficou menos de um ano no cargo, é a política de preços da estatal, que repassa o valor do petróleo do mercado externo para o interno. Essa política foi estabelecida ainda no governo de Michel Temer. Alguns membros do governo ainda tentaram demover o presidente da ideia da demissão, dizendo que o presidente da estatal não poderia mexer nesse sistema de preços.   

Após a disparada de preços do petróleo por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, a empresa decidiu aumentar a gasolina em 18,77%, o óleo diesel em quase 25% e o gás de cozinha em 16% no último dia 10, gerando insatisfação no governo e em grupos de apoio, como os caminhoneiros.

Fonte: Istoédinheiro