A dez dias de expirar o
prazo de validade do decreto de calamidade na saúde pública do Rio Grande do
Norte, o atendimento aos pacientes que procuram os hospitais da rede estadual
continua precário. Publicado pela governadora Rosalba Ciarlini, no dia 6 de
julho passado, o decreto surgiu com a proposta de viabilizar uma solução para
os problemas do atendimento de urgência e emergência. Porém, passado seis
meses, o cenário de caos persiste nas unidades hospitalares. A falta de vagas
ainda é uma realidade. Para conseguir um leito de UTI no Hospital Monsenhor
Walfredo Gurgel (HMWG), um paciente teve que acionar a Justiça. Médicos
continuam em greve e prometem realizar uma manifestação amanhã.
Ontem à tarde, os
corredores do HMWG estavam lotados com mais de 73 pacientes aguardando
transferência ou atendimento. 21 eram pacientes de clínica médica e 52
esperavam transferência para realização de cirurgia ortopédica em unidades
conveniadas. Outros 29 pacientes mais graves viviam a ansiedade da espera pela
disposição de uma vaga em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Um desses pacientes conseguiu o leito de UTI após
uma decisão judicial assinada pelo juiz da 6ª Vara da Família. O idoso
que não teve a identidade revelada tem problemas cardíacos. A intimação foi
entregue no hospital, na última terça-feira, e a diretora da unidade, Maria de
Fátima Pereira Pinheiro, tomou conhecimento do caso na manhã de ontem. A ordem
do juiz era a de que o hospital providenciasse a vaga, caso contrário, a
direção seria multada no valor de até R$ 10 mil. A vaga foi providenciada na
tarde de ontem.
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