O Tribunal Superior do Trabalho decidiu em julgamento
realizado nesta segunda-feira encerrar com a greve dos funcionários dos
Correios, que acontece desde o dia 17 de agosto. De acordo com a decisão
de ontem, os empregados devem voltar ao trabalho amanhã dessa terça 22, sob pena de multa de R$
100 mil por dia.
A decisão de ontem representou também uma derrota parcial
à estatal, já que ficou mantida a cláusula que prevê a Correção monetária de
2,6% dos salários. Os trabalhadores, no entanto, pediam uma reposição salarial
de 5%.
Além do reajuste, a corte determinou que não houve
abusividade no movimento grevista.
Por outro lado, os ministros decidiram seguir a
jurisprudência trabalhista e haverá um desconto salarial referente a metade dos
dias de greve e nos demais dias haverá compensação.
Cláusulas sociais mantidas
O principal imbróglio do julgamento foi em relação à
manutenção dos benefícios. A estatal pretendia retirar mais de 70 itens
concedidos historicamente aos funcionários.
A relatora do caso, ministra Kátia Arruda, votou para que
todos os benefícios fossem mantidos. Mas acabou vencida.
Prevaleceu a tese divergente apresentada pelo ministro
Ives Gandra Filho, que conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro.
O fim da greve era defendido pelo ministro das Comunicações Fabio Faria e pelo
presidente dos Correios, Floriano Peixoto. Ambos afirmaram que a retirada dos
benefícios era necessária para manter a sustentabilidade da empresa.
Em um voto com mais de 100 páginas, a ministra destacou ainda que em anos de corte trabalhista essa foi a primeira vez que viu uma empresa propor retirar todas as cláusulas e direitos.
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