Olho D'água do Borges/RN -

Acordo ortográfico da língua portuguesa está em vigor, desde 31 de dezembro de 2015

Qualquer manifestação escrita em língua portuguesa será regida obrigatoriamente pelas novas normas do acordo ortográfico já em vigor desde o último dia 31 de dezembro.

Apesar de aprovado em 2009, foi dado um prazo de seis anos de transição em que as ortografias antiga e a nova poderiam ser usadas.

Agora, vários vocábulos sofrerão mudanças no uso de hífen e na acentuação de verbos e palavras homógrafas (aquelas com mesma grafia, mas com significados diferentes), haverá a extinção do trema e algumas consoantes serão incluídas oficialmente no alfabeto.

Ainda assim, as modificações atingirão apenas 0,8% do total de palavras usadas no Brasil. As alterações passam a servir de base para exames e concursos no país.

Agora, só valem as regras novas nas provas. Ao todo, oito países falam oficialmente a língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Moçambique.

Com o acordo, a língua escrita será a mesma. Boa parte das formas escritas, no Brasil, como livros e publicações, já adaptaram seu vocabulário às mudanças.

A maioria das editoras e meios de comunicação adotaram as normas logo em janeiro de 2009, assim como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Embora a absorção já esteja avançada, muita gente ainda se perde para identificar o que mudou.

Entre as alterações mais complicadas estão o uso do hífen e a acentuação.

Uma das regras diz que as palavras com letras iguais são separadas com o sinal de pontuação.

Nas com letras diferentes, junta-se. Exemplo: “anti-inflamatório” e “neoliberalismo”.
A acentuação gráfica, altera, por exemplo, as oxítonas terminadas em “a”, “e”, “o”, “êm”, “ém” e “êns” no plural ou singular.
É o caso de “voo”, “enjoo”, “leem” e “veem”.

As paroxítonas terminadas em ditongos crescentes, como “eia” e “oia”, não têm mais acento.

Por exemplo: “boia”, “jiboia”, “ideia” e “assembleia”.

Como o trema foi abolido, agora escrevemos “frequente” e “sequestro”.

PADRONIZAÇÃO  –  O objetivo da unificação é padronizar a língua e facilitar a comunicação e o intercâmbio entre os oito países.

O professor e presidente da rede de preparação para concursos Vestcon, Ernani Pimentel, condena o acordo.

Para ele, o tratado é uma imposição, por não ter sido decidido em um debate aberto, e complicar em vez de simplificar.
A reforma seria “retrógrada”.

“O acordo tem uma vantagem em buscar a padronização do idioma em países de língua portuguesa, mas há muitos problemas que não foram resolvidos”, avalia.

“Por exemplo, ‘x’ e ‘ch’ têm o mesmo som, mas por que não deixar um e eliminar o outro, economizar, simplificar?

O acordo não fez nada, não coordena nada.”
As tentativas de unificar a ortografia da língua portuguesa são antigas.
A primeira vem desde o século 20.
Em 1990, Portugal estabeleceu o primeiro modelo ortográfico, obrigatório em publicações oficiais e materiais de ensino.
À época, a Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Academia de Ciências de Lisboa apresentaram a base do tratado ortográfico.
Ele deveria ter sido colocado em prática em 1994, mas o projeto não foi confirmado por todos os países-membros, que à época eram apenas sete, pois o Timor-Leste ainda não era independente e nem sequer não falava a língua portuguesa oficialmente. (Estado de Minas)


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