O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro
Luís Roberto Barroso, disse que o país e o mundo nunca precisaram tanto da
imprensa profissional e de qualidade, capaz de separar, com profissionalismo,
fato de opinião, como agora. Em um evento restrito a jornalistas sexta-feira
(18/09/2020), o magistrado pediu amplo apoio à imprensa no combate à
desinformação, na checagem de fatos e no compromisso com a verdade no período
eleitoral.
Talvez, a pior consequência das campanhas de
desinformação seja precisamente essa deterioração do debate público e a
formação de enclaves de pessoas que só falam para si mesmas e, quando têm
interlocução com as outras, é para agredir e desqualificar. Nós, que defendemos
a democracia, contamos mais do que nunca com o trabalho da imprensa de
qualidade”, afirmou.
Para o ministro, é preciso haver um filtro
adequado para a grande quantidade de desinformação e de inverdades que circulam
pelas redes sociais. “As redes sociais têm um lado positivo, mas vêm sendo
palco para pessoas totalmente pervertidas difundirem mentiras deliberadas,
campanhas de ódio e de difamação. Precisamos enfrentar isso. As instituições
democráticas vêm sofrendo um ataque massivo de milícias digitais e de
terroristas verbais que fazem muito mal a todos nós. Não só pelo possível
impacto no resultado das eleições, mas pela deterioração do debate público de
uma maneira geral”, disse.
As eleições municipais deste ano, que concentrarão as redes sociais, serão tóxicas, desrespeitosas, agressivas, mas serão, também, apenas consequência do país das Fake News.
O fato é que as novas tecnologias chegaram para impactar a vida das pessoas de forma positiva, mas também trouxeram o lado ruim. E, a escolha de um dos lados é do caráter de cada um. Profissionais da comunicação, ou não.
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