O consumidor teve mais dificuldades para honrar os pagamentos no
primeiro semestre deste ano, segundo mostra o Indicador Serasa Experian
de Inadimplência do Consumidor, que subiu 22,3% entre janeiro e junho
ante igual período do ano passado. Foi a maior alta desde 2002 com
destaque para as dívidas contraídas com os bancos que aumentaram 8,1%.
Nas operações não bancárias, que incluem os cartões de crédito,
financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e
fornecimento de energia elétrica e água, a inadimplência aumentou 5,4%. O
índice de cheques sem fundo aumentou 18,9%. Já os títulos protestados
apresentaram um recuo de 11,7%, o que ajudou a segurar o índice médio de
inadimplência.
Os economistas da Serasa justificaram, por meio de nota, que o
crescimento da inadimplência é consequência dos “efeitos da política
monetária para controle da inflação, alta dos juros, IOF [Imposto sobre
Operações Financeiras] e encarecimento do crédito”.
Para eles, deveria haver uma mudança no critério de avaliação de
risco para a concessão de crédito, seguindo a tendência mundial com base
no cadastro positivo em que a análise é mais abrangente.
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