Olho D'água do Borges/RN -

Mais de 1,3 milhão de potiguares vivem abaixo da linha da pobreza

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última quarta-feira, 6, a Síntese de Indicadores Sociais 2019. De acordo com o estudo, 1.322.000 pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Rio Grande do Norte. Isso significa que, do total de 3.478.000 habitantes, 38% vivem com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 5,5 dólares, aproximadamente R$ 420 mensais.

A população em condição de extrema pobreza, por sua vez, diz respeito ao grupo com rendimento per capita inferior a US$ 1,9, cerca de R$ 145 mensais. Esse grupo equivale 10,3% da população potiguar, 359.000 pessoas.

O levantamento analisa a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, bem como o acesso a diferentes serviços, bens e oportunidades, por meio de indicadores que visam contemplar a heterogeneidade da sociedade brasileira sob a perspectiva das desigualdades sociais.

Potiguares têm a terceira maior restrição a serviços de saneamento do Nordeste

No estado potiguar, 78,3% dos residentes em domicílios têm restrições a serviços de saneamento básico. Para o IBGE, isso significa que essas pessoas não tinham acesso simultâneo a três serviços: coleta direta ou indireta de lixo, abastecimento de água por rede geral e esgotamento sanitário por rede coletora. Em comparação com 2017, houve um crescimento de 2,5 pontos percentuais. 

No Nordeste, o Rio Grande do Norte é o terceiro pior neste aspecto. Apenas os estados do Piauí (93%) e Maranhão (79,8%) apresentam maiores restrições dessa natureza à população.

Indicação política ocorre em 72,5% das redes escolares municipais no RN.

O critério de indicação política como forma exclusiva de escolha de diretores de escolas ocorre em 72,5% dos municípios do Rio Grande do Norte. Entre os estados da região Nordeste, essa é a menor proporção. No Brasil, a média é de 69,2%. Os estados com menor proporção de municípios com esse critério de escolha de diretores escolares são Acre (4,5%), Mato Grosso (5,7) e Paraná (42,4%); os com maior proporção, distintamente, são Amapá (100%), Roraima (93,3%) e Piauí (92,9%).

No RN, menos de um quarto dos municípios possui plano de carreira para profissionais de apoio da educação.

Somente 23,4% dos municípios do Rio Grande do Norte possuem plano de carreira para profissionais não docentes. Na região Nordeste, essa é a terceira pior colocação. Só Paraíba (14,8%) e Ceará (15,5%) apresentam um percentual menor. Na comparação entre todas as unidades da federação, apenas Goiás (22,4%), Ceará (15,2%), Paraíba (14,8%) e Amapá (12,5%) estão em posição pior.

No RN, um em cada quatro jovens não estuda e não está ocupado

O Rio Grande do Norte tem o terceiro menor percentual de jovens, de 15 a 29 anos, que não estudam nem estão ocupados entre os estados do Nordeste, 27,9%. Somente Paraíba (26%) e Piauí (26,4%) têm menos jovens nessa situação. A região Sul possui os três estados em melhor posição: Santa Catarina (14,1%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Paraná (17,7%). Na capital potiguar, o percentual é menor do que o do estado, 21,7%. A média brasileira é 23%.

Fonte: Jornal de Fato.

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