Olho D'água do Borges/RN -

Após morte de paciente, Sindsaúde entra com representação junto ao Ministério Público

O problema com o tomógrafo do Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) persiste e os pacientes estão sendo levados para Natal, para realizar os exames. A direção do hospital informou que está vendo a viabilidade de um contrato emergencial com algum hospital de Mossoró para que os exames sejam feitos enquanto não é realizado o conserto do tomógrafo.

Mas, a ausência do equipamento em Mossoró está causando transtorno para pacientes que precisam fazer o exame. De acordo com as informações divulgadas pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SINDSAÚDE), um paciente morreu durante o transporte até Natal, onde ele faria o exame. O óbito ocorreu na altura do município de Assu, e o caso foi denunciado ao Ministério Público pelo próprio sindicato.

Por meio de nota, o sindicato relatou que, além das poucas ambulâncias para atender os pacientes de Mossoró, elas estão sendo usadas também para deslocar os pacientes do HRTM até a capital do estado, para realizar os exames de tomografia. “Se não bastasse o pequeno número das ambulâncias da SAMU para atender Mossoró e região, elas agora têm uma nova demanda: carregar pacientes em um longo trajeto até Natal” informou o sindicato.

“O Sindsaúde/RN alerta para o crescente risco social à saúde pública que este descaso com o tomógrafo - equipamento hospitalar de natureza essencial – acarreta para a população de Mossoró e região. Pacientes correm o risco de morrer. Neste sentido, anunciamos que através de um ofício, pedimos a tomada de providências junto à promotoria da saúde do Ministério Público do Rio Grande do Norte para sanar esta situação calamitosa”, continua a nota emitida pelo sindicato.

Sem contrato emergencial e sem o tomógrafo, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ficou com a responsabilidade de levar os pacientes da unidade para a capital potiguar. O diretor do Samu, Dickson Fradik afirma que só tem uma viatura para atender a demanda de viagem à distância.

"Nós temos três pacientes para fazer transferência para Natal e apenas uma viatura para fazer esse tipo de ocorrência. Essa semana mesmo teve um paciente que teve que ir para Natal e infelizmente veio a óbito no caminho pela gravidade, pela situação, que tem que ser resolvida o mais rápido possível. São três a quatro horas que tornam essa locomoção inviável", disse ele.

Em três anos, esta foi a segunda vez que o tomógrafo do HRTM apresentou defeito. Na primeira vez, em 2017, um hospital particular da região fez os serviços, mas não recebeu os pagamentos devidos pelo Estado e não demonstrou interesse em realizar os serviços desta vez.

No dia 4 de março, a ampola do tomógrafo do HRTM parou de funcionar. A peça tem vida útil de mais ou menos 25 mil exames e já havia realizado 36 mil, como informa a direção do HRTM, que fez um chamado à Siemens, empresa que realiza manutenção.

Veja denuncia do Sindsaúde ao MP.

Veja mais AQUI.

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