O partido Novo protocolou no Congresso Nacional um
conjunto de projetos de lei que buscam ampliar os mecanismos de
responsabilização de autoridades, reforçar o sistema de freios e contrapesos e
proteger garantias constitucionais.
As propostas são assinadas pelo líder da sigla na Câmara,
Marcel van Hattem (RS, foto), e pelos deputados Gilson Marques (SC),
Adriana Ventura (SP) e Luiz Lima (RJ). Segundo o partido, as medidas têm como
alvo práticas que estariam comprometendo o Estado de Direito e favorecendo
abusos institucionais.
“Nosso pacote deixa claro: ninguém está acima da lei. Ou
respeitamos a Constituição, ou não temos democracia”, afirmou van Hattem.
Entre os projetos está o PL 4001/2025, que altera a Lei
1.079/1950 para acelerar o processo de análise de crimes de responsabilidade de
ministros do Supremo Tribunal Federal.
O texto prevê prazos para que o Senado dê andamento
a denúncias apoiadas por maioria absoluta de deputados ou senadores, evitando
que pedidos de impeachment fiquem parados indefinidamente. Caso o presidente da
Casa não cumpra os prazos, a omissão passa a ser considerada quebra de
decoro parlamentar, sujeita a sanções que podem incluir a perda do mandato.
Outra proposta, o PL 4002/2025, modifica a Lei
1.579/1952, que regula as comissões parlamentares de inquérito. O projeto
obriga a instalação de CPIs em prazos definidos sempre que forem
preenchidos os requisitos constitucionais, reforçando o direito de minorias
parlamentares de investigar fatos de interesse público.
Já o PL 4003/2025 altera códigos e leis processuais para
proibir que intimações e citações sejam feitas apenas por aplicativos de
mensagens ou redes sociais. O texto prevê a nulidade absoluta desses atos,
mesmo quando houver confirmação de leitura, sob o argumento de que a prática
compromete a segurança jurídica e viola garantias como o devido processo legal.
De acordo com van Hattem, o objetivo das medidas é “blindar
as instituições contra abusos de autoridade e resgatar o equilíbrio entre os
Poderes”. O Novo defende a tramitação em regime de urgência, alegando que
o país vive “um momento de crescimento perigoso de arbitrariedades”.
O Antagonista
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