As ações de bancos brasileiros se desvalorizam em bloco
no pregão desta terça-feira 19, dando a tônica das negociações da Bolsa. Para
analistas, o receio dos investidores é sobre a decisão do ministro Flávio
Dino sobre a atuação da Lei Magnitsky no Brasil.
Pouco depois das 14h, os papéis do Itaú (ITUB4) caíam
2,91%; o Bradesco (BBDC4) cedia 3,18%; as Units do BTG Pactual (BPAC11)
desvalorizavam 3,51%, enquanto os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) caíam
4,37%. Os papéis da B3 (B3SA3) também operavam em recuo de 4,1%.
Ontem, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu que leis e ordens administrativas ou judiciais de outros
países não produzem efeitos no Brasil de forma automática. O despacho foi
feito após os Estados Unidos sancionarem o ministro Alexandre de Moraes com a
Lei Magnitsky, que impõe restrições econômicas, como o bloqueio de contas
bancárias e de bens em solo americano.
Na interpretação do mercado, a lei poderia afetar também
bancos brasileiros que tenham operações nos EUA, como captações ou ações
listadas em Bolsa.
No mesmo horário, o dólar subia 0,88%, valendo R$ 5,48,
enquanto a curva de juros, que precifica a perspectiva de como estarão os juros
no futuro, apresentava alta para os contratos entre o início de 2026 e 2031.
Também às 14h, o Ibovespa tocava os 2% de desvalorização,
aos 134.601 pontos.
O Globo.
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