O clima no grupo PP–União está longe da confiança demonstrada
pelo prefeito Allyson Bezerra. Após reunião da federação, ele afirmou
à TCM que a primeira-dama de Natal, Nina Souza, está garantida no bloco. A
informação não condiz com a realidade. Nina mantém diálogo aberto com o PL de
Rogério Marinho e sua permanência é incerta. Ela continua ainda no União, já
que só pode deixar a legenda durante a janela partidaria, em abril.
A conta apresentada por Allyson também não fecha. Ele
aposta em quatro vagas para federal, mas a federação só tem três nomes de mandato. João
Maia, Benes Leocádio e Robinson Faria. Sem Nina, não há quarto nome
competitivo. E mesmo com ela, a federação corre o risco de desmanche, já que
sua saída desmontaria a estrutura montada até aqui.
Hoje, é difícil enxergar a federação fazendo três cadeiras.
No cenário atual, faria no máximo duas. A lógica é simples. Só entra na
federação quem acredita ter chance real de vitória, o que limita a composição
da nominata. Diferente do PL, que já possui uma chapa completa com nove nomes
competitivos.
O PL, aliás, é apontado como favorito para conquistar
entre três e quatro vagas, com nomes de peso como General Girão, Sargento
Gonçalves, Juninho Saia Rodada, Coronel Brilhante, Daniel Marinho, Carla
Dickson, Ludmilla, Pedro Filho e possivelmente a própria Nina.
A comparação expõe a fragilidade da federação. José
Agripino é um bravateiro de longa estrada, mas ele próprio não montou nehuma
nominata a vereador em 2024. Em 2022, João Maia só formou chapa graças ao
efeito Bolsonaro, que impulsionou a eleição de quatro deputados.
Já a federação PT–PV–PCdoB deve brigar por três ou quatro
cadeiras, com nomes de votos como Mineiro, Odon, Natália Bonavides, Alexandre
Motta, Thabatta, Samanda e Marleide, essa última somente para bater esteira.
O MDB não deve montar uma nominata competitiva e
corre risco de não eleger ninguém. Abraão Linconl cotado para a nominata, está
enrolado na CPI do INSS. Kelps não aceita nome de Dr. Bernardo.
O cenário é claro. Apenas três grupos devem converter
votos em cadeiras: o PT, o PL e a federação União/PP, caso consiga sobreviver
às próprias incertezas e não ter debandada.
Ismael Souza
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