No mesmo dia em que foi incluído na lista de sanções dos
Estados Unidos, por meio da chamada Lei Magnitsky, o ministro Alexandre de
Moraes protagonizou um episódio lamentável. Durante uma partida de futebol no
estádio do Corinthians, ao ser vaiado por torcedores, reagiu com um gesto
obsceno: mostrou o dedo do meio para a arquibancada. Não se trata apenas de uma
atitude constrangedora — é um comportamento absolutamente incompatível com a
dignidade esperada de um ministro da mais alta corte do país.
O Supremo Tribunal Federal exige de seus integrantes
equilíbrio, responsabilidade e respeito pelo cargo que ocupam. Mais do que uma
questão de decoro, é uma exigência simbólica. Os ministros representam a
estabilidade institucional da República. E a imagem que Moraes transmitiu foi a
de alguém que perdeu completamente o equilíbrio e a compostura. Isso compromete
não apenas sua reputação pessoal, que diga-se de passagem, que não é lá essas
coisas - mas atinge diretamente a
credibilidade da Corte.
Os demais ministros do STF precisam compreender a
gravidade do momento. Se atitudes desse tipo não forem isoladas e reprovadas de
forma clara, todos estarão sujeitos ao mesmo desgaste — e a instituição, ao
descrédito popular. O Supremo precisa reconquistar o respeito da sociedade, não
se afundar em constrangimentos sucessivos. A hora de agir é agora.
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