A federação União Progressista, formada por União Brasil e PP, será comandada no Rio Grande do Norte pelo União Brasil. A informação é do jornal O Globo, em reportagem publicada nesta terça-feira (29), dia em que a federação foi oficialmente lançada.

No RN, o União Brasil é atualmente comandado pelo ex-senador José Agripino Maia. Tem ainda dois deputados federais (Benes Leocádio e Carla Dickson) e prefeitos de cidades importantes, como Allyson Bezerra (Mossoró) e Paulinho Freire (Natal). Não está definido quem vai comandar a federação, se o próprio Agripino ou se outro nome da legenda.

Pelo lado do PP, o partido é presidido no RN pelo deputado federal João Maia. E tem ainda outros nomes como o presidente da Câmara Municipal de Natal e da Federação das Câmaras Municipais do RN (Fecam), Eriko Jácome, que deverá ser candidato a deputado federal nas eleições de 2026.

Segundo a publicação de O Globo, a divisão dos comandos estaduais obedeceu a diversos critérios. Um deles estabelece que onde o partido tiver o governador do Estado haverá prioridade. Caso não haja governador, deve prevalecer o número de deputados federais. É o caso do RN, onde o União Brasil tem dois deputados, contra um do PP.

A reportagem não conseguiu contato com José Agripino e com João Maia, mas os dois fizeram publicações nas redes sociais nesta terça-feira (29), horas depois da oficialização da federação. José Agripino escreveu: “Confluência”. Já João Maia destacou: “A Federação União Progressista nasce forte no Rio Grande do Norte!”.

Ambos postaram a mesma foto, de um encontro entre eles, com a participação ainda do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, e do deputado federal Benes Leocádio.

Comando nacional

Em âmbito nacional, haverá um regime inicial de copresidentes, com participação dos atuais presidentes do União Brasil, Antonio Rueda, e do PP, Ciro Nogueira, no comando da federação, sem um superior hierárquico. Essa dinâmica deve ocorrer até dezembro e, para 2026, outra escolha será feita.

Federação

O grupo reunirá 107 deputados e 14 senadores. No caso da Câmara, a federação União-PP terá a maior bancada, superando o PL, de Jair Bolsonaro, que tem 92 deputados. Já no Senado, o grupo empata com o PSD e com o PL pelo posto de maior bancada.

Juntos, os partidos terão ainda um fundo partidário quase bilionário, de R$ 954 milhões, além de seis governadores e 1.343 prefeitos, a maior quantidade entre as legendas.

No caso do RN, a federação União Progressista terá o maior número de prefeitos do Estado: 48, três a mais que o MDB, que detinha a liderança até então.