A Marcha contra a Corrupção, que acontece hoje (7), em
Brasília, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) garantiu que o movimento não
vai se perder no tempo, como aconteceu com outras mobilizações sociais
como a dos “caras pintadas”.
Em encontro com integrantes da Associação
Brasileira de Imprensa (ABI), ontem (6), no Rio de Janeiro, o parlamentar
explicou que a Frente Suprapartidária Anticorrupção, criada por nove
senadores, organizou uma lista de projetos prioritários apoiados pela
sociedade.
“A diferença é que, desta vez, vamos trabalhar com fatos concretos, com
uma série de leis importantes para, por exemplo, terminar com a
impunidade e a verba pública de campanha e criar a fidelidade
partidária. A sociedade organizada vai lutar e cobrar a aprovação desses
projetos”, disse Simon, para quem o Legislativo trabalha sob pressão.
“Uma coisa é deixar o Congresso Nacional falar. Outra coisa é o povo
na rua se movimentando. Ficha Limpa passou por que? Foram 1,5 milhão de
assinaturas de populares, num projeto de iniciativa popular e, depois,
mais 4 milhões assinaram em solidariedade”.
O senador gaúcho considera o fim da impunidade um dos pleitos mais
importantes do movimento. “O Brasil não pode ser o país da impunidade
onde só ladrão de galinha vai para a cadeia. Como em todos os lugares do
mundo, corrupção existe, mas pode ser um grande político, um
milionário, que pega cadeia”, disse.
Ele lembrou que, na Justiça, há a possibilidade de inúmeros recursos e
que isso, algumas vezes, impede a conclusão de um julgamento. “No
Brasil, o cara é processado, é condenado, recorre, são cinco a seis
recursos, leva não sei quantos anos e ele é absolvido porque o prazo
passou e ele não foi condenado em definitivo”.
Segundo Simon, mais de 20 mil pessoas confirmaram presença na marcha de hoje . No mesmo dia, estão agendadas manifestações em Porto Alegre,
Cuiabá e São Paulo. E, no próximo dia 20, no Rio de Janeiro, haverá uma
manifestação envolvendo sociedade e empresários, na Cinelândia, no
centro da capital fluminense.
“Esse é o momento ideal para tentar combater a corrupção no Brasil. Ao
contrário dos governos anteriores, onde os fatos aconteciam e os
governos não faziam nada, a presidenta Dilma Rousseff foi muito
objetiva e clara. Demitiu o chefe da Casa Civil, o ministro do
Transporte e está deixando claro que não vai aceitar corrupção no
governo. Esse movimento visa a dar cobertura à presidente. Não é a
favor, nem contra, mas achamos que temos que dar força.”
Fonte: Agencia Brasil
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