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Dilma Rousseff é inquilina de um Planalto terceirizado



Inaugurado junto com a redemocratização do país, em 1985, o modelo que prevê a troca de governabilidade por favores políticos e monetários faliu. 

Em 26 anos, o fisiologismo patrimonial evoluiu da conveniência momentânea para um sistema político que pode ser definido como presidencialismo cleptocrata.

Todos os governos que vieram depois da ditadura serviram-se do modelo. Algo que fez de Brasília uma cidade sem culpados. Na capital, só há inocentes e cúmplices.

Na letra fria da Constituição, Dilma Rousseff é presidente da República. Na prática, é mera inquilina de um Planalto terceirizado, sob consentimento do sistema.

Improvisada na política, dona de perfil técnico, Dilma faz cara de nojo. Embora pareça sincero, o asco da presidente converte-se rapidamente em pantomima.

Por razões diversas, Fernando Collor também torcera o nariz para o sistema. Quis monopolizar o resultado dos malfeitos para si e para seu grupo. Foi derrubado.

Em oito meses, Dilma assistiu à conversão de seis ministérios em escândalo. De início, simulou rigor. Conteve o ímpeto quando a sujeira achegou-se ao PMDB.

O último presidente a negligenciar o PMDB havia sido Lula. Produziu-se um escândalo maior: o mensalão. No segundo mandato, o patrono de Dilma rendeu-se à sigla.

O penúltimo escândalo que chega às manchetes carrega peculiaridades que ajudam a entender a metástase que faz o melado escorrer a céu aberto.

No centro da encrenca seminova está o Ministério do Turismo. Uma pasta chefiada por Pedro Novais, um obscuro deputado federal do PMDB do Maranhão.

Novais integra o grupo do senador José Sarney (PMDB-AP). O mesmo Sarney que, em 1985, herdou os compromissos políticos de Tancredo Neves, implementando-os.

Hoje, Sarney opera do outro lado do balcão. Defende Novais, embora diga que não tem a ver com sua nomeação.

O ministro alega que tampouco ele tem a ver com os desvios.O Palácio do Planalto dá razão a Novais. O convênio tóxico é de 2009. Nessa época, o PT dava as cartas no Turismo.

Parte dos presos da Polícia Federal foi empurrada para dentro da equipe de Novais por Antonio Palocci (Casa Civil), à época um escândalo esperando para acontecer.

Como já mencionado, não há culpados em Brasília. A própria Dilma, ex-gerente de toda a gestão Lula conhece a metástase por dentro. Mas é inocente. Ou cúmplice.

Ela talvez preferisse chamar a cleptocracia criada pelos antecessores de herança maldita. A conveniência e a passagem pelo governo Lula a impedem de fazê-lo.

Fonte: Blog de Josias de Souza


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