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Dificuldades com imagem em declive, Fátima percebe a distância do ‘céu’

Com imagem em declive, Fátima percebe a distância do 'céu'
Pandemia, Reforma da Previdência, compra de respiradores e folha, inquietam a governadora do RN.

De verdade, não tem sido fácil a vida da ex-senadora Fátima Bezerra (PT) na Governadoria. Bom mesmo era o “céu” do Senado, de onde saiu quatro anos antes de terminar o mandato obtido em 2014. “O Senado brasileiro é como o ‘céu’. Com uma vantagem: Não é preciso morrer para estar nele’, frase do então senador Darcy Ribeiro (1922-1997, PDT/RJ). “O Senado é o céu”, disse bem antes Agenor Maria (1924-1997), MDB/RN), que esteve lá. 

Seu desgaste só aumenta. E deve continuar esse declive – mais ainda na aceitação popular. Pesquisa na capital mostrou há poucos dias, que o nome preferencial do seu partido à prefeitura, deputada federal Natália Bonavides, é a mais rejeitada (10,8%). Pelo menos 60,7% dos ouvidos não votam num candidato apoiado pela governadora e sua reprovação administrativa atingiu 63,4%.

A dificuldade de se comunicar e convencer, no enfrentamento à pandemia da Covid-19, é a força mais corrosiva dessa depreciação de capital-imagem da governadora. Apesar de 66,80% dos natalenses aprovarem o isolamento social determinado por Fátima Bezerra, a maioria a rechaça e à eventual nome de seu partido – apontou pesquisa do Instituto Consult levantada entre 24 e 28 de junho. Mas os problemas não param por aí. 

Investigações em várias frentes desnudam e revelam as vísceras de uma boa ideia no papel, mas que na prática é um desastre: o Consórcio Nordeste. O colegiado dos governadores nordestinos pagou adiantado a compra de 300 respiradores mecânicos (30 seriam do RN) à empresa atravessadora Hempcare Pharma Representações Ltda., para uso contra a Covid-19. Até hoje não houve entrega de um equipamento sequer nem devolução de R$ 48.748.572,82 (R$ 4.947.535,80 do RN). 

O caso é de polícia, improbidade administrativa. Mistura provável boa-fé de muitos e má-fé de alguns, que começam a aparecer nos esgotos desse enredo. Até aqui, pode-se listar Fátima Bezerra no rol das pessoas que procuraram fazer a coisa certa, mas com as pessoas erradas. Mesmo assim, lógico que responderá por eventuais danos ao erário e indiretamente a vidas humanas. 

Reforma às escondidas 
Na Assembleia Legislativa, ela faz esforço sobre-humano para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência Social do RN, que afeta sobremodo o servidor de menor ganho. Tem pressa que tudo seja votado de forma virtual, sem a presença física de setores sindicais fora e no interior da sede desse poder.

É um paradoxo! 
A ex-sindicalista tenta driblar sindicatos e aprovar PEC na surdina. Tudo que sempre combateu, inclusive a reforma previdenciária do governo federal, vista até como menos nociva do que a versão de Fátima. Quem pensa assim é o próprio movimento sindical, exemplo da presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (SINSP/RN), Janeayre Souto. 

A erosão financeira nos cofres públicos tende a chegar à folha de pessoal. Até quando o Governo Fátima Bezerra continuará conseguindo pagar o mês trabalhado, mesmo sem atualizar folhas passadas, é um grande mistério.

Não está fácil hoje, mas se houver esse esgarçamento do pagamento dos servidores, ficará quase impossível se sustentar no poder.

Fonte: Carlos Santos.


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