A publicação do relatório da reforma tributária trouxe
uma série de novidades em relação ao texto aprovado pelo Congresso Nacional no
ano passado.
Entre as medidas, o grupo de trabalho formado pelo
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deixou de fora dos itens da cesta
básica, que terão incidência zero do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e da
CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), as proteínas animais.
Era desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que as
proteínas animais entrassem no rol de produtos com alíquota zerada, o que foi
rechaçado pelos deputados.
Com isso, carnes bovinas, como a picanha, terão taxação
parcial de 40% da alíquota geral que será definida pelo Congresso Nacional. De
acordo com o relator Cláudio Cajado, a perspectiva é de que a alíquota total de
26,5% “irá baixar durante a implementação”.
De acordo com ele, nunca houve previsão de inserir as
carnes entre os itens da cesta básica. O próprio governo não inseriu, afirmou o
deputado.
Para além das carnes, o imposto sobre as bebidas
alcoólicas deve aumentar. O chamado Imposto Seletivo (IS), voltado a itens que
implicam em externalidades negativas, incidirá sobre as bebidas — entre elas, a
cerveja.
De acordo com o grupo de trabalho, as alíquotas serão
definidas pela graduação alcoólica. Veículos elétricos também foram inseridos
em itens sobre os quais incidirão a tributação do IS, apelidado de “imposto do
pecado”. Por outro lado, armas ficaram de fora da incidência do Imposto
Seletivo.
CNN Brasil – Blog Victor Irajá
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