O Brasil é o lanterninha em um ranking internacional que
compara a eficiência dos sistemas educacionais de vários países, levando em
conta parâmetros como os salários dos professores, as condições de trabalho na
escola e o desempenho escolar dos alunos. O ranking é de setembro do ano
passado, mas volta à tona no momento em que o governo paranaense aprova uma
redução nos benefícios previdenciários dos professores do Estado.
A
votação da lei elevou as tensões e levou a um tumulto no qual pelo menos 170
pessoas ficaram feridas após a repressão policial de um protesto de professores
em Curitiba. Os professores paranaenses estão em greve desde sábado (25 de
abril). Em São Paulo, professores da rede estadual estão em greve desde 13 de
março, reivindicando reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
O
estudo internacional foi elaborado pela consultoria Gems Education Solutions
usando dados dos mais de 30 países da Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) e alguns emergentes, como o Brasil. Nele, o
país aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos professores, por
exemplo.
O
valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano, calculado
por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de compra)
fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima apenas
de Hungria e Indonésia. Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8 mil) e na
Holanda (US$ 57,8 mil).
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