O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de
urgência e emergência do Rio Grande do Norte, voltou a enfrentar nesta
terça-feira 1º um problema recorrente: a falta de alimentação para servidores e
acompanhantes de pacientes. A situação, denunciada durante o telejornal Balanço
Geral RN, da TV Tropical, tem gerado revolta entre os profissionais da saúde e
familiares de pacientes, principalmente aqueles vindos do interior do
estado. Informações do Agora RN.
Apesar de a alimentação para os pacientes estar mantida,
ainda que com restrições, acompanhantes e funcionários relataram a ausência
total de almoço no plantão. De acordo com Elizabeth Texeira, do Sindsaúde/RN, a
situação é “delicada e desumana”, especialmente para os acompanhantes sem
condições financeiras para comprar comida fora do hospital. “Fica com fome?
Fica com fome. Às vezes, é como dar a própria bandeja do seu paciente, o que é
errado e pode causar contaminação”, relatou.
Carlos, servidor do centro cirúrgico do hospital,
reforçou o cenário de improviso. Segundo ele, muitos funcionários têm recorrido
a marmitas compradas fora da unidade. “A gente trabalha 12 horas. E no centro
cirúrgico, não dá pra sair no meio de uma cirurgia para almoçar. Alimentação é
básica, e falta”, disse. Ainda de acordo com o servidor, o fornecimento da ceia
geralmente é mantido, mas o almoço tem sido suspenso sem aviso prévio.
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) informou, por meio
de nota, que o desabastecimento ocorreu por causa de um atraso no pagamento a
um dos fornecedores de alimentos. A pasta afirmou estar em negociação com a
empresa para retomar a normalidade do fornecimento ainda nesta terça-feira. “A
equipe financeira está trabalhando para emitir as ordens bancárias e encaminhar
o pagamento ao longo do dia”, disse a Sesap.
O sindicato dos servidores denuncia que a situação se repete com frequência, afetando também o fornecimento de insumos como antibióticos, álcool e papel toalha.
Portal Grande Ponto
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