A Justiça Federal do Rio Grande do Norte recebeu denúncia
proposta pelo Ministério Público Federal contra José Agripino Maia, Raimundo
Alves Maia Júnior e Victor Neves Wanderley pela prática dos crimes de peculato,
por 84 vezes, e associação criminosa.
As acusações apontam que Victor Neves Wanderley, que é
genro do denunciado Raimundo Alves Maia Júnior, no período de 11/03/2009 a
20/03/2016, foi nomeado para um cargo comissionado pelo então Senador da
República José Agripino Maia e recebeu remuneração do Senado Federal, sem nunca
ter trabalhado em qualquer função para que foi nomeado.
As informações do Ministério Público Federal apontam que
Victor Neves repassava a maior parte dos valores recebidos a título de
remuneração para Raimundo Alves Maia Júnior, tendo sido também uma parte
transferida para José Agripino Maia. No período em que estava nomeado para o
gabinete no Senado Federal, Victor Neves trabalhava em uma farmácia na cidade
de Natal/RN, que pertencia ao seu tio.
O Juiz Federal Francisco Eduardo Guimarães Farias,
titular da 14ª Vara, na sua decisão afastou as preliminares de nulidade de
provas e inépcia da denúncia suscitadas pela defesa e determinou a citação dos
réus para apresentarem resposta à acusação.
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