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Pesquisadores estudam cultivo de algodão colorido no semiárido potiguar

 

O algodão marcou um ciclo econômico importante para o Rio Grande do Norte, durante as décadas de 1960 e 1980, antes da praga do bicudo dizimar as plantações. De lá para cá, a retomada da atividade caminhou a passos lentos, sem grandes destaques.

Mas o “ouro branco”, como era chamado, ainda pode se transformar numa importante fonte de renda e produção para agricultores do semiárido potiguar, se depender dos pesquisadores. Na Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), um estudo analisa o cultivo do algodão colorido, uma nova etapa na cotonicultura.

"Existe uma perspectiva de retorno para o cultivo do algodão. Mas para a região semiárida, que tem uma cadeia produtiva muito ligada à associações e cooperativas, as chances são maiores para o algodão colorido e o orgânico", explica o professor orientador da pesquisa, Aurélio Paes Barros Júnior.

O estudo analisa o uso do potássio na adubação desse tipo de algodão. A pesquisa começou em 2019 e foi dividida em dois ciclos. O primeiro aconteceu entre julho e dezembro daquele ano e no mesmo período de 2021. A pesquisadora Gisele é doutoranda em fitotecnia, o estudo das plantas. Ela é uma das participantes da iniciativa que deve concluir a parte experimental do projeto até dezembro deste ano.

"A gente quer englobar mais informações sobre o algodão colorido para adaptar às nossas condições e realidades", explicou a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, esse tipo de algodão se adapta mais facilmente às condições do semiárido, com baixa incidência de chuva e solos rasos.

É na Fazenda Experimental da Ufersa que o algodão é cultivado. São quase 800 m² de área plantada. Segundo a pesquisadora, o manejo do algodão colorido é muito parecido com o tradicional. O período para a colheita é de 120 dias. A necessidade baixa de água da planta também é um fator positivo.

"É um algodão que não necessita da etapa de tingimento. Para o meio ambiente e para a indústria é muito bom, pois evitam gastos e desperdícios com água. Então quanto mais investimentos nesse tipo de pesquisa na nossa região para adaptar à nossa realidade, melhor", aponta Gisele.

 Fonte: G1/RN

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