Foi quase uma reprise. Após uma sessão marcada por um
problema de saúde do acusado, o esforço da oposição em obstruí-la e novas
negociatas à luz do dia e em tempo real, a Câmara barrou a segunda denúncia
apresentada pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot contra Michel Temer, acusado
de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Temer obteve 251 votos e foi beneficiado com duas abstenções e 25
ausências. Votaram contra o peemedebista 233 deputados. Temer teve 12 votos a
menos do que na primeira denúncia barrada, quando recebeu o apoio de 263
parlamentares.
Assim como na votação que barrou a acusação contra o peemedebista por
corrupção passiva, a soma de votos favoráveis a Temer, ausências e abstenções
salvaram o acusado bem antes do fim da sessão, o que evitava a possibilidade de
se formar uma maioria de 342 deputados necessária para torná-lo réu no
Supremo Tribunal Federal e afastá-lo. Ele só poderá ser alvo da Justiça por
essa acusação após o fim de seu mandato.
Temer teve como principal obstáculo do dia uma obstrução urológica. Ele
foi internado no Centro Cirúrgico do Hospital do Exército, em Brasília, após
passar mal pela manhã no Palácio do Planalto. Segundo uma nota oficial da
Presidência, o peemedebista foi submetido a uma bem-sucedida "sondagem vesical
de alívio por vídeo".
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