A partir de ontem e pelos próximos quatro anos Mossoró não
terá nenhum legítimo representante na Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Norte, depois da sequência ininterrupta de 58 anos representada no parlamentar
potiguar.
Em mais de cinco décadas, de
1947 a 2015, Mossoró levou à AL 22 representantes, fazendo valer e preservando
a condição de segundo maior colégio eleitoral do Estado.
A história teve início com
Jerônimo Dix-huit Rosado Maia (também foi prefeito de Mossoró por três gestões
e deputado federal) e José Nicodemos, que desempenharam mandato na Assembleia
Legislativa no período de 1947 a 1951. Na sequência, Carlos Borges de Medeiros
representou Mossoró entre os anos de 1952 a 1955.
Antônio Rodrigues de Carvalho
(também foi prefeito), o quarto deputado estadual mossoroense, defendeu a
cidade nos mandatos de 1948 a 1958 e de 1966 a 1968. Depois, Vingt Rosado
(também foi deputado federal por três décadas) e Padre Mota cumpriram mandato
de 1959 a 1963.
Na sequência, Mossoró teve
João Newton da Escóssia (também foi prefeito da cidade), de 1969 a 1973;
Edilson Moura, Alcimar Torquato, Assis Amorim e Luiz Sobrinho, de 1974 a 1978;
Carlos Augusto Rosado, de 1979 a 1995; José Janildo Belmont (J. Belmont),
de 1983 a 1986; Manoel Mário, em 1984.
Ainda Laíre Rosado (também foi
deputado federal), de 1987 a 1991; Frederico Rosado, de 1991 a 2003; Antônio de
Farias Capistrano, de 1991 a 1995; Francisco José, de 1991 a 2007; Sandra
Rosado (deputada federal até dia 31 de janeiro de 2015), de 1999 a 2003; Ruth
Ciarlini, de 1999 a 2007; Larissa Rosado, de 2003 a 2015; e, Leonardo Nogueira,
de 2007 a 2015.
Pois bem.
Esses mandatos, sem exceção,
tiveram importância fundamental para o crescimento e desenvolvimento de
Mossoró. Cada um deu a sua contribuição, com a defesa intransigente da cidade,
fazendo respeitar, principalmente, a confiança depositada pelo eleitor local.
Agora, sem um legítimo
representante, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte ficará na
dependência do mandato de quem tem alguma afinidade com a Terra de Santa Luzia,
que é o caso do novo deputado Manoel da Cunha Neto, o Souza (PHS), ex-prefeito
da vizinha Areia Branca.
Outros que foram votados em
Mossoró não têm compromisso com a cidade, pois obtiveram expressivas votações
por apoios pontuais e de domingo, como parte de acordos individuais, e não de
afinidade com os mossoroenses.
Mas, essa foi a decisão
soberana do eleitor e Mossoró perde a sua força na AL.
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