O Programa do Leite do Governo do Estado está seriamente
ameaçado. Pode simplesmente desaparecer ou funcionar sob brutal retração.
Os 155 mil litros diários que vinham sendo distribuídos
há vários anos, hoje não passam de 80 mil. Ou menos, dependendo da oscilação de
humor dos produtores e industriais, que estão asfixiados com atrasos em
pagamento.
Ao mesmo tempo, novo cadastramento pode transportar o
programa para o campo da pura politicalha, convertendo-o em simples moeda
eleitoreira às mãos de aliados nos 167 municípios do Rio Grande do Norte.
O programa, ao longo de mais de 20 anos, só teve uma
paralisação, durante a gestão José Agripino (DEM), no início dos anos 90.
Os objetivos do programa são reduzir as carências
nutricionais de crianças com faixa etária entre seis meses e três anos,
desnutridos de três a seis anos de idade, gestantes, nutrizes, idosos a partir
de 60 anos, portadores de deficiência impossibilitados de trabalhar, portadores
do vírus do HIV e tuberculose e pessoas com câncer.
Como conseqüência do sucesso do programa, o RN foi
indicado pelo Unicef como o Estado do Brasil com o menos índice de desnutrição
e menor taxa de mortalidade infantil. Além de promover o incremento da
atividade pecuária e a melhoria do rebanho e da produtividade da cadeia
leiteira, o Programa do Leite contribui para a geração de ocupação e renda ao
homem do campo, já que todo o leite pasteurizado tipo C (145 mil litros de gado
e 10 mil litros de cabra) entregue à população é adquirido de produtores locais.
Em sua página na Internet, o Governo do Estado chega a
deslavada mentira de afirmar que o “pagamento é realizado rigorosamente a cada
15 dias, o que garante as verbas necessárias à produção.”
O atraso chega a cerca de três quinzenas, além de
remanescente do ano passado.
Fonte: Carlos Santos
0 comentários:
Postar um comentário