Olho D'água do Borges/RN -

Novo presidente da Câmara ameaça renunciar do cargo

A re­du­ção nos re­pas­ses men­sais para as Câ­ma­ras de Ve­rea­do­res con­ti­nua cau­san­do pro­tes­to dos pre­si­den­tes de Câ­ma­ras, prin­ci­pal­men­te nos pe­que­nos mu­ni­cí­pios. Na ci­da­de de Lu­cre­cia, o novo pre­si­den­te, ve­rea­dor Hélio Ho­lan­da Maia (PSB) amea­ça re­nun­ciar ao cargo, antes mesmo do ini­cio do pe­río­do le­gis­la­ti­vo na ci­da­de. Ele disse que o corte de 1% está di­fi­cul­tan­do a ad­mi­nis­tra­ção dos re­cur­sos pelo pre­si­den­te da Casas. Se­gun­do ele, fica "in­viá­vel" ad­mi­nis­trar a Câ­ma­ra Mu­ni­ci­pal com ape­nas 32.443 mil, já que so­men­te a folha de pa­ga­men­to cor­res­pon­de a 20.350 mil. A so­lu­ção para o im­pas­se, diz Hélio, é bus­car uma par­ce­ria com as As­so­cia­ções de Ve­rea­do­res do país para sen­si­bi­li­zar o Con­gres­so e mudar a lei que des­ti­na, 7% de duo­dé­ci­mo às Câ­ma­ras, ao invés dos 8% an­te­rio­res. "Mesmo tendo cor­ta­do a gra­ti­fi­ca­ção do pre­si­den­te nós não temos di­nhei­ro se­quer para man­ter o nú­me­ro de pes­soas que pres­ta­vam ser­vi­ço na Câ­ma­ra até o ano pas­sa­do, quan­do era re­pas­sa­do os 8%. Com a re­du­ção fi­ze­mos o cal­cu­lo e vamos per­der em torno de R$ 9 mil. Di­nhei­ro que po­de­ria ser uti­li­za­do para man­ter um qua­dro de fun­cio­nar capaz de man­ter a Casa fun­cio­nan­do de forma ade­qua­da", disse o ve­rea­dor.

Ele disse ainda que o Le­gis­la­ti­vo não tem con­di­ções de con­tra­tar ser­vi­ços im­por­tan­tes com pelos menos dois au­xi­lia­res de ser­vi­ços ge­rais, as­ses­so­ria de co­mu­ni­ca­ção, com­prar de ma­te­rial de ma­nu­ten­ção entre ou­tras coi­sas. "Vamos ten­tar, junto com os co­le­gas bus­car uma so­lu­ção para esse pro­ble­ma. Seria in­te­res­san­tes os ve­rea­do­res atra­vés das en­ti­da­des re­pre­sen­ta­ti­vas se uni­rem para, ir até Bra­sí­lia, ten­tar mudar essa le­gis­la­ção, afi­nal o ve­rea­dor é o prin­ci­pal cabo elei­to­ral dos de­pu­ta­dos. Nós es­ta­mos na ponta, em con­ta­to di­re­to com o elei­tor", ar­gu­men­tou o ve­rea­dor. A re­du­ção no duo­dé­ci­mo foi im­ple­men­ta­da pela Emen­da Cons­ti­tu­cio­nal 58/2009, que en­trou em vigor em ja­nei­ro de 2010, am­plian­do as ban­ca­das mu­ni­ci­pais e di­mi­nuin­do as ver­bas. Helio Ho­lan­da disse que a si­tua­ção não mudar ele de­ve­rá re­nun­ciar ao cargo de pre­si­den­te por­que não tem como ad­mi­nis­trar o Le­gis­la­ti­vo. Ele disse ainda que não tem como pagar para pre­si­dir a Câ­ma­ra. "Nós re­to­ma­re­mos as ses­sões no pró­xi­mo dia 4 de fe­ve­rei­ro e até agora não sa­be­mos como a ses­são será feita, já que não temos fun­cio­ná­rio para efe­tuar a lim­pe­za diá­ria do pré­dio, nem temos uma pes­soa que possa ser­vir pelo menos água e café aos co­le­gas ve­rea­do­res e os vi­si­tan­tes du­ran­te as ses­sões. È uma si­tua­ção real­men­te ca­la­mi­to­sa. "Vai che­gar o mo­men­to que vamos en­viar o re­pas­se dos ve­rea­do­res para suas re­si­dên­cias, por­que não te­re­mos con­di­ções de rea­li­zar as ses­sões", afir­mou o pre­si­den­te que se mos­tra in­dig­na­do com a si­tua­ção.

Fonte: Correio da Tarde

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