Olho D'água do Borges/RN -

Justiça ouvirá depoimentos de Lauro Maia e mais três

Lauro é acusado de liderar o esquema criminoso na contratação de empresas em caráter emergencial 

O filho da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia, apontado como um dos principais beneficiados no esquema de cobrança de propina para fraudas licitações para contratação de empresas prestadoras de serviço para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) e para manutenção dos pagamentos referentes aos contratos em dia irá depor nesta segunda-feira (29).

Ele irá depor para o juiz federal Mario Azevedo Jambo, da 2ª Vara Federal e dar sua versão a cerca do esquema de cobrança de propina descoberto pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Higia.

De acordo com as investigações e com os últimos depoimentos prestados a Justiça, seria Lauro o principal beneficiado no esquema de propina. Ele seria o responsável por articular uma cobrança entre 5 e 10% de todos os contratos para evitar atrasos nos pagamentos às empresas e ainda para conseguir a renovação.

Além dele também serão ouvidos outros três envolvidos. O administrador Francisco Alves, na época ligado a empresa EST Engenharia, o ex-secretário João Henrique Lins Bahia, da pasta de Esporte e Lazer (seel) durante o governo Wilma, e a funcionária pública Maria Eleonora Castim, ex-coordenadora de Orçamento e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

Francisco Alves, também conhecido como "Júnior Gordo", segundo a PF, era o responsavel por articular a fraude nas licitações por manter boa circulação enter os políticos. Ele era um dos beneficiados no esquema para evitar interferir e nem concorrer em processos licitatórios contra as empresas A&G e Emvipol.

João Henrique seria um dos principais transportadores da propina da A&G para as mãos de Lauro Maia. De acordo com os depoimentos do ex-casal Anderson miguel da Silva e Jane Alves de oliveira, réus confessos do processo, o pagamento do dinheiro ilegal era realizado mensalmente na casa do ex-secretário. Jane chegou a alegar que criou relações de amizade com João Henrique de tanto frequentar sua residência.

Já Maria Elenora, seria a responsável pela facilitação da manutenção do esquema de cobrança de proprina supostamente montado por Lauro. Ela seria a responsável por liberar as contratações em caráter emergencial, ou seja, com dispença de licitação pública.

O juiz Mário Jambo considera o depoimento das próximas quatro testemunhas importante para tentar montar o quebra-cabeça a cerca do esquema de propina e definir exatamente a participação de cada um dos verdadeiros culpados.
 
Fonte: Correio da Tarde

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