A afirmação foi feita em reunião fechada do conselho político da Presidência da República, que reúne líderes da base aliada no Congresso.
"Tem margem para aumentar um pouquinho o salário mínimo? Tem margem para aumentar um pouquinho. Agora, é o correto fazer isso? Porque, se aumentar para R$ 560, R$ 570, no repique do ano que vem vai bater perto de R$ 700. É o certo isso? Acho que é o certo. Mas o problema todo, e temos que avaliar, é que chegou um abaixo assinado de mais de 600 prefeituras dizendo que não dá para pagar", afirmou o senador.
Parte do áudio da reunião, cerca de 50 minutos, vazou para jornalistas na sala de imprensa do Planalto, no térreo, sem que nenhum integrante da reunião soubesse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do final da reunião. Entrou na sala, deu boa tarde aos integrantes do conselho e, imediatamente, o áudio foi cortado.
Gim Argello afirmou que recebeu um pedido do ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, para que o reajuste não passe dos R$ 540. O receio é pelo impacto do aumento nas aposentadorias.
"Quem tem que sentar e resolver essa equação é o ministro da Previdência, e ele me pediu: "Gim, fica no R$ 540, segura no R$ 540, e vamos ver o que é possível fazer, não é pelo salário, mas pela Previdência"", disse.
A linha geral do governo, representada, durante a reunião do conselho, nas falas dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), e pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), foi a de segurar o reajuste em R$ 540-- um arredondamento da previsão inicial de R$ 538.
A ordem da cúpula é não aprovar nada que represente despesas não previstas inicialmente.
Fonte: Folha Uol
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