As prefeituras seriam ocupadas, portanto, por um político
eleito ainda este ano. Para que haja a mudança, os parlamentares precisam
alterar a Constituição. A Carta determina, em ano eleitoral, a votação de
primeiro turno no primeiro domingo do mês de outubro e o segundo turno no
último domingo de outubro.
Vamos começar a discussão nos próximos dias sobre a
data da eleição. O presidente Davi vai construir um grupo junto com a Câmara
para que nós possamos discutir a questão da data da eleição, se vamos mantê-la
no mesmo dia ou se a decisão do parlamento vai ser modificá-la dentro do
próprio mandato, uma outra data. Então seria o adiamento da eleição sem
prorrogação de mandato. Eu vi ontem, na discussão com os líderes, que essa é
uma posição de quase unanimidade. A maioria dos parlamentares entende que
podemos ter o adiamento, mas não devemos ter a prorrogação de nenhum mandato —
disse Maia.
A visão dos parlamentares é a mesma já defendida pelo
ministro Luís Roberto Barroso, que assumirá a presidência do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) na próxima segunda-feira. O ministro diz que, se for o caso de
mudar a data, o adiamento possa ser o mais breve possível, sem alterar o tempo
de mandato dos atuais e futuros prefeitos.
Maia disse que, após a discussão entre parlamentares,
haverá um diálogo também com Barroso. Em abril, o TSE criou um grupo de
trabalho para projetar os impactos da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
A ideia é monitorar a pandemia e os possíveis impactos no pleito. Alguns dos
motivos de preocupação do tribunal são as possíveis aglomeração em convenções
partidárias e o atraso de testes das urnas eletrônicas.
Fonte: O Globo
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