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Gastos sociais comprometem obras e zeladoria dos municípios

Investimentos municipais na área social já chegam a 55,4%. Para atender às demandas da população por Saúde, Educação e Assistência Social, prefeituras têm menos recursos para investir na zeladoria dos municípios, é o que aponta a 13ª edição do anuário Multi Cidades - Finanças dos Municípios Brasileiros, veja (Aqui), publicação da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), apresentada à imprensa nesta segunda-feira, 6, em São Paulo/SP.

Em coletiva de imprensa, o presidente da entidade, afirmou que o repasse de recursos não acompanhou o aumento de responsabilidades adquiridas pelos municípios. “Hoje existe uma grande dificuldade das prefeituras em manter a zeladoria por causa da demanda dos gastos sociais”, disse. “Reforma tributária é urgente para garantir autonomia administrativa aos municípios. É preciso descomplicar”, concluiu o presidente da FNP. Gastos sociais comprometem obras e zeladoria dos municípios

De acordo com o anuário, no biênio 2015-2016, 2,6 milhões de pessoas deixaram de ter planos privados e passaram a depender do Sistema Único de Saúde (SUS). “Em 2016, a porcentagem dos recursos destinados para Saúde ficaram em 24%. Somente a diferença do que indica a constituição (15%) foi de R$ 30 bilhões”, afirmou o economista da Aequus Consultoria, Alberto Borges. Gastos sociais comprometem obras e zeladoria dos municípios

Na Educação a situação não é diferente, já que a crise econômica aumentou a demanda por educação infantil que, atualmente, já atende a 62,6% de toda a população. Em 2016, a área representou 27,5% do total de receitas vinculadas. “Os municípios vêm promovendo inovações e fazendo mais com menos recursos”, destacou o economista José Roberto Afonso, consultor da FNP. Gastos sociais comprometem obras e zeladoria dos municípios

Para o prefeito de Campinas, diante da aplicação do teto de gastos, implementada pelo Governo Federal, “não adianta os municípios terem a ilusão de receber mais recursos”.

As prefeituras do Brasil tiveram orçamento estrangulado pela crise e dispõem de cada vez menos dinheiro para obras e ações de zeladoria.

O desemprego e os problemas econômicos causaram uma dependência maior dos cidadãos em relação aos serviços municipais de saúde, educação e assistência social, aponta o estudo. Essas áreas já representam 55,4% da despesa das cidades, com as altas nos últimos anos. 

Os municípios brasileiros tiveram queda em impostos.  Com exceção do IPTU (Imposto Territorial e Predial Urbano), os principais impostos minguaram, entre eles o ISS (Imposto Sobre Serviços).

A perspectiva para este ano não é otimista. Em termos de receita há sinalização de melhora. Mas a parte do emprego, cuja recuperação é lenta, ainda não desafogou as prefeituras em relação à pressão por gastos sociais.

Apesar disso, os prefeitos têm reagido bem diante da queda de receita, sem apelar à irresponsabilidade fiscal com finalidades eleitorais. Alguns dos gestores, diz ele, acabaram não sendo reeleitos por causa disso.


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