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Dono de empreiteira delata propina por obras em aeroporto de Natal

Dono da empreiteira Engevix , José Antunes Sobrinho revelou, em acordo de delação premiada assinado com a Polícia Federal , que pagou propina em obras superfaturadas nos aeroportos de Brasília e Natal.

Em depoimento inédito colhido pelo delegado da PF Cleyber Malta Lopes, obtido pelo GLOBO, Antunes afirma ter assinado contratos fictícios para desviar recursos das obras. O material da delação de Antunes, homologada pelo Supremo Tribunal Federal, foi compartilhado para investigações na primeira instância. Trata-se do segundo acordo proposto pelo empreiteiro. O primeiro, negociado em 2015, não foi aceito pela Procuradoria-Geral da República.

O empresário delatou dois episódios envolvendo aeroportos. A Engevix participou das obras de Brasília e de Natal, quando fez parte do consórcio Inframérica, até 2015.

Segundo Antunes Sobrinho, a empresa tinha direito a uma linha de financiamento do BNDES para a reforma do aeroporto de Brasília, cujos recursos seriam repassados via Caixa Econômica Federal, em 2014. Com os repasses atrasados, o empresário conta ter sido procurado por dois lobistas, Milton Lyra e Victor Colavitti, ligados à diretoria da Caixa e ao MDB, que cobraram propina em troca da liberação do dinheiro.

De acordo com o delator, os lobistas não deixaram claro quem receberia a propina nem como fariam a liberação dos recursos, mas citaram ter influência junto a Gilberto Occhi. Funcionário de carreira da Caixa com bom trânsito no órgão, Occhi foi vice-presidente do banco entre 2013 e março de 2014 e, naquele ano, assumiu o Ministério das Cidades do governo Dilma Rousseff. Occhi atualmente é presidente da Terracap, órgão fundiário do governo do Distrito Federal.

Segundo Antunes, os lobistas “também se apresentaram como representantes dos interesses do PMDB”.

O delator afirmou que a empresa aceitou pagar aos lobistas R$ 480 mil, em 2014, por meio de um contrato fictício com o escritório de advocacia de Flávio Calazans. “Após pagamento dos valores indevidos para Calazans, o financiamento foi liberado”, disse. Calazans também fez acordo de delação e admitiu que os pagamentos da Inframérica não tiveram prestação de serviços e ocorreram a pedido dos lobistas.

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