Olho D'água do Borges/RN -

Voto de Tia Eron decide pela cassação de Eduardo Cunha


A aprovação do relatório pela cassação do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, foi definido pelos votos de Tia Eron (PRB­BA) e Wladimir Costa (SD­PA). Ontem, antes do início da reunião do Conselho de Ética, havia suspense em torno do voto da deputada baiana, que ainda não havia declarado a sua decisão.


Citando Darcy Ribeiro e Umberto Eco, durante o seu voto, Tia Eron disse que é preciso trabalhar para não “chafurdar o Brasil”. “Eu não sou dada a autofagia, mas, em relação a minha consciência, é nela que reside a verdade”, disse a deputada antes de votar favoravelmente à cassação. A deputada fez uma comparação do período de análise do processo, que já dura há quase nove meses, com uma gestação. "Precisam chamar Tia Eron para resolver. Tia Eron está aqui para resolver o que  os homens sozinhos não conseguiram resolver", provocou. 

A congressista reclamou de ter sido "tão citada, convocada, tripudiada e até requisitada", pelos membros do colegiado. "E aqui eu estou, como sempre me comprometi com esse Brasil desde o primeiro dia que cheguei nesse conselho Já Wladimir Costa, que já havia declarado ser contra o relatório, mudou de posição no último momento e votou pela cassação de Cunha. 

Votaram, ainda, pela cassação de Cunha, os deputados Julio Delgado (PSB­MG), Leo de Brito (PT­AC), Valmir Prascidelli (PT­SP), Zé Geraldo (PT­BA), Nelson Marchezan Junior (PSDB­RS), Betinho Gomes (PSDB­PE), Sandro Alex (PPS­PR), Alessandro Molon (Rede­RJ) e Ivan Valente (PSOL­SP). Já os deputados Alberto Filho (PMDB­MA), André Fufuca (PP­MA), Mauro Lopes (PMDB­MG), Nelson Meurer (PP­PR), Washington Reis (PMDB­RJ), Sergio Moraes (PTB­RS), Laerte Bessa (PR­DF), Wellington Roberto (PR­PB), João Bacelar (PR­BA) e Carlos Marun (PMDB­RJ) votaram contra a cassação. 

O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR­PA), disse que, na decisão dos deputados, prevaleceram os fatos. “Quanto a fatos, não há argumentos, taí a vontade dos deputados do Conselho de Ética para quem a consciência falou ‘mais forte’. A gente pensava que alguns iriam votar a favor do deputado Eduardo Cunha e votaram contra, a consciência falou mais forte e eles votaram contra o Cunha”, analisou. Já o relator, Marcos Rogério, disse que não ficou surpreso com o voto favorável de Tia Eron, mas que se surpreendeu com o voto de Costa. Rogério disse que, agora, espera a confirmação da decisão do conselho pelo plenário da Casa. 

“O mérito dessa questão só o plenário pode confirmar ou modificar, e eu estou confiante de que o plenário vai votar com as provas e com o país”, disse Rogério. “Estamos virando uma página histórica neste momento, e isso nos dá a certeza de que nem tudo está perdido e que há pessoas que zelam pela ética, pelo decoro”, afirmou. Eduardo Cunha é acusado de quebra de decoro parlamentar por ter mentido sobre o fato de ter contas no exterior, durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

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