BRASÍLIA – Com receio da ampliação dos desgastes para o
governo, o presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, sondaram o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) sobre a
possibilidade de ele deixar o cargo, em razão de possíveis desdobramentos da
Operação Lava Jato.
Segundo
interlocutores, a conversa teria ocorrido na segunda-feira, 23, mesmo
dia em que o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi afastado do
cargo após o surgimento de gravações realizadas pelo ex-presidente da
Transpetro, Sérgio Machado. No
áudio, revelado pelo jornal Folha
de S. Paulo,Jucá diz ao ex-dirigente que é preciso “mudar o
governo (Dilma Rousseff) para
poder estancar essa sangria”, numa referência às investigações da Lava Jato.
Ao ser
abordado por Temer e Padilha, Henrique Alves minimizou as citações feitas
contra ele nas investigações e ressaltou que não era réu e por isso gostaria de
ficar no cargo. O ministro, que ocupou a mesma cadeira no governo Dilma, teve a
casa vasculhada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado em uma das
fases da Lava Jato, batizada de Catilinárias.
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