A
estatal Petrobras tem sido usada pelo governo desde 2006 como espécie de
“cheque especial”. De acordo com a revista Exame, uma das formas mais notórias
desse uso foi o controle dos preços da gasolina e do diesel, com o objetivo de
segurar a inflação. No entanto, essa política de defasagem dos combustíveis
acabou gerando um rombo no caixa da Petrobras estimado em R$ 100 bilhões.
A publicação refere que, com a queda no preço do barril de
petróleo no mundo todo, hoje cotado abaixo de 40 dólares por barril, o governo
permite que a empresa reponha as perdas do passado. Ou seja, a empresa não repassa essa queda de preços do
petróleo aos preços dos combustíveis vendidos aos consumidores.
A Exame destaca que a gasolina do Brasil está 32% mais cara
que no mercado internacional; o diesel, 45%. A explicação é que quando o barril do petróleo estava alto, o
governo obrigava a Petrobras a vender gasolina e diesel mais baratos do que
custavam para seus cofres. Atualmente o barril está barato e a Petrobras vende
combustíveis mais caros, como se fosse um “prêmio” para compensar o desfalque
passado.
Ainda segundo a revista, a Petrobras é a única petroleira do
mundo que está ganhando dinheiro com a venda de combustíveis no momento em que
o barril está barato.
Enquanto outros países do mundo aproveitam o petróleo barato
para reduzir a inflação e ajudar no crescimento econômico; no Brasil os preços
dos combustíveis inflamam a inflação e tiram a competitividade da economia –
sobretudo do agronegócio, setor que vinha se salvando da crise e onde o diesel
é matéria-prima fundamental.
0 comentários:
Postar um comentário