O cidadão potiguar está se armando mais. Dados da Polícia
Federal expressam que o número diário de registros de novos armamentos no RN
cresceu 44% nos primeiros nove meses deste ano. Em todo o ano de 2014, a
instituição registrou 860 novas armas. A média mensal ficou em 71,3 novos
artefatos de fogo legalmente identificados. Entre janeiro e setembro deste ano,
o número chegou a 930, o que perfaz uma média mensal de 103,3 novas armas em
circulação. Caso seja mantido o volume diário registrado até o mês passado, a
Polícia Federal estima que, ao fim de dezembro, o número supere as 1.200
unidades. Enquanto isso, na Câmara Federal, deputados discutem mudanças no
Estatuto do Desarmamento, que poderá flexibilizar ainda mais o acesso legal ao
armamento e munições.
Ainda segundo a PF no estado potiguar, não são somente
policiais, agentes penitenciários, membros da magistratura que estão recorrendo
ao porte legal de armas. Cada vez mais civis, integrantes da sociedade comum,
requerem a legalidade do carreto do equipamento bélico. A cada dia de 2015 –
até 30 de setembro – 3,4 novos registros de armas de fogo foram expedidos. Em
todo o ano passado foram registradas 2,3 armas/dia. Na contramão, o número de
armas de fogo devolvidas pela população de forma voluntária diminuiu
significativamente em cinco anos. Em 2011, cidadãos potiguares entregaram
349 artefatos de fogo (revólveres, espingardas, simulacros, entre outros). Em
2014, o número de armas devolvidas foi 79. Queda de 77,36%. Até o fim de setembro
deste ano, somente 39 artefatos foram entregues de forma voluntária à Polícia
Federal.
A apreensão delas pelas Polícias Civil e Militar não apresenta, este ano, dados
significativos. Em todo o Rio Grande do Norte, a Polícia Militar apreendeu 552
artefatos de fogo de janeiro ao início de outubro. O número é 2,4% maior
comparado com o mesmo período do ano passado. As apreensões efetuadas pela
Polícia Civil gira em torno das 300 unidades, conforme dados registrados no
sistema da Polícia Federal. Homens de 18 a 25 são os que lideram as
estatísticas de apreensão, com envolvimento em 49,2% dos casos. É nessa faixa
de idade que ocorre o maior número de mortes matadas por arma de fogo.
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