O
preço do gás de cozinha vai aumentar, em média, 12% a partir da segunda
quinzena de setembro no Rio Grande do Norte. Atualmente comercializados entre
R$ 40 e R$ 45, os botijões de 13 quilos, os mais vendidos, passarão a custar
entre R$ 48 e R$ 50 para os consumidores potiguares.
De acordo com Rogério
Cunha Lima, vice-presidente do Sindicato dos Revendedores autorizados de
Gás LP do Rio Grande do Norte (Singás-RN), o reajuste é devido ao aumento no
valor do produto repassado pelas distribuidoras e do salário dos funcionários
das revendedoras, já que o dissídio coletivo da categoria é realizado no mês de
setembro.
Segundo ele, o aumento dos
preços repassados pelas distribuidoras ficou entre 6% e 8%, enquanto o reajuste
para os funcionários foi de 7%. Para os custos finais do produto, ainda são
acrescidos os custos com transporte e manutenção das revendedoras de gás.
“Esses aumentos são repassados integralmente aos consumidores”, explicou Cunha
Lima.
Atualmente, cinco distribuidoras de gás atuam no
Rio Grande do Norte: Gás Butano, Liquigás, Supergasbras, Copagás e Ultragás,
que distribuem o produto para mais de 250 revendedores que estão regularizados
pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Comparação
De acordo com Rogério
Cunha Lima, o Rio Grande do Norte é um dos estados que revendem o gás mais
barato do país. “O valor do botijão deveria ser em torno de 10% do salário
mínimo, mas por termos um mercado aberto, estamos com o preço defasado”, disse,
comparando com com os estados de Alagoas e Ceará, que está acima de R$ 50.
Hoje, o salário-mínimo brasileiro está em R$ 724.
Segundo dados do Singás, pelo produto estar com
o preço “defasado”, muitos depósitos e empresas acabaram fechando no estado nos
últimos anos. “Não é um valor que dá prejuízo, mas algumas empresas acabaram
‘quebrando’ por causa disso”, disse Rogério.
Tribuna do Norte
0 comentários:
Postar um comentário