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PRF aponta falhas no Complexo Viário da Abolição


A situação do Complexo Viário da Abolição, uma das maiores obras de estrutura rodoviária da cidade, tem preocupado a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Recentemente, a corporação encaminhou uma série de relatórios ao Ministério Público Federal (MPF) apontando falhas estruturais nos viadutos, ressaltando os impactos que tais falhas podem causar ao trânsito da cidade.

A reportagem do jornal O Mossoroense teve acesso a trechos dos documentos, que relatam a preocupação da PRF com a possível conclusão das obras sem a garantia de segurança para pedestres e motoristas que trafegam no local.

De acordo com o inspetor Aliathar Gibson, há algum tempo o Ministério Público Federal (MPF) começou a observar as notícias de irregularidades nas obras do complexo e solicitou à PRF que documentasse, através de levantamento, possíveis falhas nos viadutos. O inspetor comentou que os documentos foram apresentados com fotos, notícias veiculadas na imprensa e na internet e registros de acidentes para comprovar as falhas.

"Desde sempre estivemos mostrando as falhas no Complexo Viário da Abolição, e após a solicitação do MP começamos a produzir relatórios e ofícios que tocam nas falhas da obra. Além de apresentarmos deficiências estruturais das obras, também documentamos irregularidades no trânsito da cidade que acontecem por conta de carências do complexo", comenta Gibson, que ressaltou a falta de sinalização, passarelas e retornos como algumas das falhas nas obras.

Um bom exemplo desta carência pode ser observado no viaduto IV, saída para Apodi, que devido à falta de retorno, muitos motoristas que vêm no sentido BR-304 e vão fazer a conversão para a rua Felipe Camarão acabam invadindo a faixa contrária, aumentando o risco de acidentes. 

Em seu relatório, a PRF também destacou a fragilidade das obras. "No caso do viaduto V, na saída para Natal, a qual fizemos um relatório próprio em fevereiro deste ano, a estrutura da obra está abalada, cheia de rachaduras e erosões", explicou Gibson.



De acordo com o inspetor Aliathar Gibson, após as provocações levantadas pelos relatórios da PRF, o Ministério Público acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU) e pediu que os órgãos investiguem se o dinheiro empregado no complexo não foi utilizado da mesma maneira em que foi apresentado no projeto inicial.



Para o inspetor da PRF, as obras apresentam irregularidades em sua formatação original, que também foram apresentadas nos relatórios do órgão. Ele explica que as mudanças empreendidas no meio das obras foram feitas de maneira inoportuna e até mesmo equivocada. "Cito o exemplo do viaduto que seria construído em frente ao Thermas e não foi. O legado desta obra deixou uma grande confusão no trânsito, já que temos uma rotatória de pista simples, influindo no trajeto de uma rodovia", ressaltou o inspetor.

As obras do Complexo Viário da Abolição, iniciadas em janeiro de 2010, com previsão de conclusão para 2013 ainda não foram concluídas. O projeto, que consiste na construção de cinco viadutos e uma série de reformas estruturais, foi elaborado pela Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) e financiado através de uma parceria entre o Governo do Estado e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), com orçamento de mais de R$ 72 milhões.

O Mossoroense

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