Programada para ser iniciada nos primeiros dias do mês de
dezembro, o movimento paredista dos servidores do Instituto Técnico-científico
de Polícia (ITEP) e da Polícia Civil pode ser antecipada em uma semana e já
deflagrada a partir de quinta-feira, 28, por ocasião de uma nova assembleia
geral da categoria.
A diretoria do Sindicato dos
Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte
(SINPOL/RN), preocupada com a possibilidade de retomada de greve, diz que isso
poderá ocorrer porque o Governo do Estado não vem avançando no diálogo após a
suspensão de uma paralisação de mais de 60 dias no início de outubro, como
prometeu a governadora Rosalba Ciarlini, e ainda regride em pontos já
acordados.
Após reuniões canceladas e
nenhum avanço na audiência da segunda-feira passada, 18, com a cúpula governamental
nos pontos pendentes – revisão da tabela salarial dos policiais e envio do
projeto que criará Lei Orgânica e Estatuto do Itep para a Assembleia
Legislativa – a categoria começa a se deparar também com o descumprimento de
vários pontos da pauta que já tinham ficado acordados com a própria chefe do
Executivo e o secretário-chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, tais como:
nomeação de cerca de 20 concursados por mês (suspenso desde outubro) e extensão
do serviço terceirizado de limpeza para todas as delegacias (até onde o serviço
já foi implantado há precariedade com a falta de produtos).
O descumprimento, no entanto,
atinge cláusulas acordadas com o Estado desde 2011, como bem reconheceu o
Estado. Cerca de 50 presos de Justiça continuam sob a custódia irregular de
policiais civis em delegacias. Mesmo o Governo tendo se comprometido há mais de
dois anos, no Tribunal de Justiça, a apresentar cronograma para execução de
obras em cadeias públicas e presídios, isso não ocorreu.
O presidente da comissão
governamental, secretário de Administração e Recursos Humanos, Álber da
Nóbrega, se comprometeu, somente agora, a fazer a solicitação das informações
ao secretário de Justiça e Cidadania, Júlio César, assim como o convocaria para
audiência com o Sinpol.
0 comentários:
Postar um comentário