Olho D'água do Borges/RN -

Natal relega obras projetadas por Oscar Niemeyer ao descaso

Presépio de Natal

Reverenciado no Brasil e no mundo após sua morte, na última quarta-feira (5), um dos principais nomes da arquitetura internacional, o arquiteto Oscar Niemeyer, não recebe o respeito devido na capital potiguar. As duas obras projetadas por ele em Natal estão completamente abandonadas e entregues ao descaso: o Presépio e o Parque da Cidade.

O Presépio de Natal, localizado no bairro de Candelária, Zona Sul de Natal, que é de responsabilidade do Governo do Estado, foi inaugurado em 2006 na administração de Wilma de Faria (PSB), com o custo de R$ 1,7 milhão ao cofres públicos. Inicialmente o espaço foi projetado para servir como uma área de lazer e visitação turística. No local, iriam funcionar lanchonetes, lojas de artesanatos e eventos culturais, mas hoje o cenário é de abandono e desolação.

O espaço é utilizado como abrigo por moradores de rua e durante o dia serve para as aulas de uma Autoescola. Os vidros estão quebrados e o gramado não é bem tratado, o que acaba servindo como depósito de lixo.

  
Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte

Não muito distante do presépio, outra obra do arquiteto foi inaugurada em 2008, entre os bairros de Candelária e Cidade Nova. Trata-se do Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, que é de responsabilidade da Prefeitura do Natal. Foram investidos R$ 22 milhões no local, projetado para servir de Unidade de Conservação na cidade e proteger a área de aquífero.

A obra foi realizada no mandato de Carlos Eduardo (PDT), que a partir de 2013 volta à prefeitura de Natal, e foi inaugurada antes da sua conclusão, que não teve sequência na administração da prefeita Micarla de Sousa (PV), atualmente afastada do cargo. Para ser uma ideia da importância do projeto, o próprio Niemeyer o incluiu na lista de suas obras que deveriam ser tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A estrutura com 132,36 hectares funcionou por alguns meses com atividades culturais, de lazer e educação ambiental. Atualmente, parte do parque está interditada e o local está aberto apenas para visitação e trilhas ecológicas. A torre de 45 metros de altura, onde existe um memorial com a história da cidade, está fechada e não conta com elevador. A ideia era que o natalense e o turista pudessem conhecer a história da cidade e desfrutar de uma vista panorâmica, já que a torre tem uma altura equivalente a um prédio de 15 andares.

No entanto, o parque funciona apenas como trilha e para estudos de universidades. As paredes do parque estão descascadas e as manchas provam que não há manutenção do local. Por trás dos vidros sujos estão acumulados restos de construção civil.

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