A apresentação do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE) foi
adiada mais uma vez. Permanece o impasse para definir a meta de
investimento na área em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) para os
próximos dez anos. A proposta do governo é que o plano determine um
patamar de 7%, mas os deputados membros da comissão envolvidos na
negociação tentam chegar pelo menos ao patamar de 8%.
Ontem (30), o relator da proposta, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), se
reuniu com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Educaçação,
Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e da Casa
Civil, Gleisi Hoffmann, para tentar definir o índice.
Segundo Vanhoni, a preocupação do governo é que a crise internacional
possa afetar o Brasil e, por isso, a "cautela" em ampliar a meta de
investimento. A equipe econômica pediu um prazo maior para chegar a um
consenso, inclusive porque a presidenta Dilma Rousseff viaja hoje (1º)
para Venezuela e precisa participar da discussão.
Boa parte das 3 mil emendas apresentadas ao plano defendem a ampliação
da meta para 10% do PIB. Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) disse que vai
apresentar um pedido para convocar os ministros Guido Mantega e Gleisi
Hoffmann para que compareçam à comissão. "Não vejo motivo para que não
discutamos os fundamentos e os argumentos que fazem com que o governo
obstaculize a tese dos 10% do PIB", defendeu.
0 comentários:
Postar um comentário