Olho D'água do Borges/RN -

Filha do prefeito de Frutuoso Gomes tenta burlar sistema de cotas da Uern

A es­tu­dan­te Ana Sér­vu­la Re­ga­la­do Fer­rei­ra, apro­va­da no ves­ti­bu­lar da Uni­ver­si­da­de do Es­ta­do do Rio Gran­de do Norte para o curso de me­di­ci­na, atra­vés do sis­te­ma de cotas, e que foi im­pe­di­da de fazer sua ma­trí­cu­la na uni­ver­si­da­de, ape­lou ao Tri­bu­nal de Jus­ti­ça con­tra a sen­ten­ça da Vara da Fa­zen­da Pú­bli­ca da Co­mar­ca de Mos­so­ró que man­te­ve a de­ci­são do Rei­tor da UERN para não efe­tuar sua ma­trí­cu­la.

Os do­cu­men­tos com­pro­vam que a au­to­ra é filha do mé­di­co e pre­fei­to de Fru­tuo­so Gomes (RN), Lu­cí­dio Já­co­me Fer­rei­ra, tendo ainda fre­qüen­ta­do o curso de Me­di­ci­na numa fa­cul­da­de par­ti­cu­lar. Ela afir­ma que foi apro­va­da no pro­ces­so se­le­ti­vo 2009 da UERN e ar­gu­men­ta que o Edi­tal do cer­ta­me e a Lei Es­ta­dual 8.258/02 exi­gem ape­nas a in­te­gra­li­da­de no en­si­no fun­da­men­tal e médio em es­co­las pú­bli­cas e não, ex­clu­si­vi­da­de.

O re­la­tor do pro­ces­so, de­sem­bar­ga­dor Sa­rai­va So­bri­nho, ao ob­ser­var a do­cu­men­ta­ção tra­zi­da aos autos pela au­to­ra, cons­ta­tou que a es­tu­dan­te cur­sou o en­si­no fun­da­men­tal e médio em es­co­las par­ti­cu­la­res (Es­co­la Do­més­ti­ca e Geo) e, após a con­clu­são do en­si­no médio, se sub­me­teu, no­va­men­te, ao en­si­no Fun­da­men­tal e Médio por meio de exa­mes su­ple­ti­vos em es­co­la pú­bli­ca (Cen­tro de Edu­ca­ção de Jo­vens e Adul­tos Pro­fes­sor Fe­li­pe Guer­ra).

Para o de­sem­bar­ga­dor, o maior ob­je­ti­vo do sis­te­ma de cotas é ga­ran­tir aces­so uni­ver­si­tá­rio aos menos fa­vo­re­ci­dos, di­mi­nuin­do a de­si­gual­da­de so­cial com os de­ten­to­res de re­cur­sos eco­nô­mi­cos, e con­si­de­rou in­con­ce­bí­vel acei­tar que uma aluna pro­ve­nien­te de es­co­la par­ti­cu­lar efe­tue su­ple­ti­vo em ins­ti­tui­ção es­ta­tal e con­cor­ra em igual­da­de de con­di­ções com es­tu­dan­tes pro­ve­nien­tes ex­clu­si­va­men­te de es­co­la pú­bli­ca.

O Re­la­tor tam­bém con­cor­dou com o pa­re­cer da Pro­cu­ra­do­ria de Jus­ti­ça que in­ter­pre­tou o fato de uma es­tu­dan­te que já tinha con­cluí­do os dois graus es­co­la­res na rede par­ti­cu­lar de en­si­no, se sub­me­ter ao exame su­ple­ti­vo em rede pú­bli­ca, se deu com o único ob­je­ti­vo de bur­lar o sis­te­ma de cotas. Dian­te disso, o de­sem­bar­ga­dor Sa­rai­va So­bri­nho negou se­gui­men­to ao apelo. (Pro­ces­so nº. 2010.015179-3)

Fonte: Correiro da Tarde

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